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24 Rés-do-Chão

24 Rés-do-Chão

Eu, o estágio, a minha crush e o meu blogue.

Sabem a sensação de estarem onde deveriam estar e sentirem-se realizados? Pois muito bem, meus senhores e minhas senhoras, é exactamente assim que me sinto no final de quatro semanas de estágio. 

É tão bom acordarmos e sentirmo-nos confiantes e felizes por irmos para um local de trabalho onde gostamos de estar e onde estamos a aprender bastante. É claro que às vezes dou por mim na palhaçada e trabalho nem vê-lo, mas aí também está a piada. 

Não me quero ir embora, a verdade é essa (embora ainda faltem cerca de três semanas). Quero ficar mais tempo, quero prolongar o estágio e aprender tudo aquilo que quero e sei que posso aprender, retirar o maior partido desta experiência e da condição de estagiária, porque uma vez que o deixe de ser, o peso nos ombros vai ser enorme. Sinto que esta é uma oportunidade única e embora ande super cansada e me veja sacrificar algumas aulas de vez a vez, ao final do dia penso que vale a pena cada corrida para o comboio, cada euro para o autocarro, cada hora a menos dormida, porque todo o sacrifício é feito de bom grado.

É claro que sei que não sou a super-mulher, mas não me vejo sem esta rotina nos próximos meses. Sem a convivência com as pessoas que fazem parte do meu dia. Sei que é mau, porque eventualmente terei de me ir embora, mas que não seja já, só isso. Embora, caso isto vá para a frente, chovam críticas de várias frentes.

É esperar para ver, pode ser que a sorte continue a bater à porta.

Quanto à minha crush, para esses lados não há sorte que me salve. Mas conheci tanta boa gente e divirto-me sempre tanto que não há tempo para amores e desamores.

 

BIG P.S.: O blogue fez um ano! Muitos parabéns ao cantinho mais negligenciado da blogosfera. Não estás esquecido.

A Cátia foi às compras

Há quem diga que fazer compras é uma espécie de terapia, contudo, eu não concordo. Ontem fui à Primark do Colombo na ilusão de encontrar calças clássicas a 6€ cada. Qual quê. Haver havia, é verdade, mas eram todas de 36 para cima, coisa que a minha cinturinha 34, para o modelito em questão, não segura; E não eram lá muito bonitas. Atenção isto não é para fazer inveja, é nestas alturas que ser magra não é lá muito bom - na falta de uma palavra melhor.

Depois desisti de procurar calças clássicas na Primark e fui a outras lojas como a H&M e a Zara e até encontrei umas coisas giras, mas foi na Mango que me rendi, quando estava convencida que sairia de lá de mãos a abanar. Depois de experimentar 5 pares, apaixonei-me por umas e trouxe-as comigo juntamente com outro par da Pimkie a 7€ e duas camisas brancas da Primark, tive que lá voltar porque de camisas lá a dita loja estava cheia e a bom preço. Com mais umas bugigangas foram-se 50€ de uma virada.

O terapêutico nisto tudo foi chegar a casa e experimentar os conjuntos que vou usar no estágio, modéstia à parte, ficam-me bem. Aproveitando a deixa, o estágio vai mesmo acontecer!

Mas fazer compras é terapêutico? Não caio mais nessa, meus amigos, o stress de andar a correr loja atrás de loja e ver o dinheiro a voar, é tudo menos terapêutico.

 

O que é terapêutica é receber livros no correio. Ou comprar livros no geral.

Lucky me

Primeiro, agradeço a quem me desejou boa sorte! E agora explico o porquê de a precisar.

Relativamente a um post anterior, eu estou no meu último ano de faculdade e um dos requisitos (chamam-se oito créditos, isso sim) é fazer um estágio curricular de cinco ou oito semanas num hotel à nossa escolha. E depois de me ter sido dada luz verde para começar a estagiar, finalmente enviei um email a alguns hotéis.

Obtive resposta de um deles passado uns dias (felizmente era aquele para o qual estava mais inclinada por várias razões) e fiquei com uma entrevista marcada para hoje às 14h30m. A entrevista correu razoavelmente bem e começo já em Fevereiro em tempo de aulas.

Mas o que me marcou mesmo foi o senhor que me fez a entrevista, depois de um sermão sobre querer chegar ao topo e fazer para lá chegar e de olhar para o meu currículo à sua frente, dizer-me algo deste género:

 

"Pelo que vejo [no currículo] você está num caminho profissional ascendente. Espero que continue assim e lembre-se que se precisar de dar um passo atrás nalgum momento, analise bem a situação para que ao dar esse passo atrás, dê mais uns quantos para a frente. Vai ser muito bom para si estagiar connosco." 

Primeiras impressões

Começo a achar que, afinal, as primeiras impressões não contam para quase nada, e a perceber que temos que dar espaço às outras pessoas para nos mostrarem um outro lado delas, que à primeira é difícil de conhecer e compreender - e transmitir.

Acabei por perceber que faço algo que gostaria que os outros não fizessem comigo, que é, não me julgarem aos 15 minutos de conversa. Peço que me dêem tempo para demonstrar o porquê de certas atitudes, opiniões e manias (não que tenha que justificar algo, mas às vezes somos mal compreendidos). Porque o nosso passado - como a infância, educação e experiências -, acaba por influenciar o nosso presente e futuro, não que justifique certas atitudes, mas isso são outras conversas.

Há pessoas que dado o devido espaço e "empurrão" nos conseguem surpreender pela positiva e até ensinar-nos algumas coisas, é preciso é ter uma mente aberta e dar o benefício da dúvida.

E é bom quando isso acontece e é por isso que julgar é mau, que fechar as portas a alguém que mal conhecemos não é correcto e justo. Por isso é que as primeiras impressões não devem influenciar a 100% as nossas opiniões. As pessoas que achamos que serão as últimas a desiludir-nos, geralmente, são as primeiras e vice-versa. O mundo é traiçoeiro e troca-nos as voltas vezes sem conta, mas por vezes pergunto-me se, na maioria dessas vezes, não seremos nós o nosso verdadeiro inimigo.

Ready. Set. GO!

Deram-me "luz verde" para fazer o meu estágio curricular antecipadamente, isto é, em tempo de aulas. Eu estava toda empolgada com a ideia, e não via a maldita hora para me responderem ao e-mail. Até me responderem.

Agora vem a parte chata e complicada: fazer o currículo, decidir se fico perto da faculdade ou no centro de Lisboa, decidir que hotéis contactar primeiro e back-up plans. E a parte inquietante: esperar pelas respostas. Bonito!

Trabalhar talvez compense.

 

Podia ter sido melhor não fosse o relatório ter 40% de peso na nota final, e por isso é que não pus isto aqui mais cedo. Estava a tentar recuperar da frustração. Não é mau. Reflete muito do suor e lágrimas que houve durante os quase três meses que passei enfiada naquele hotel, mas não totalmente, porque na prática sei que tive mais e sinto-me um pouco injustiçada.

Mas aquilo que me deixa realmente feliz, é ter os meus ex-colegas e os meus meninos a pedir-me para os visitar, o que mostra que não fui só mais uma estagiária e lisboeta que por ali passou. É perceber que marquei, por pouco que seja, a vida (ou trabalho, depende da perspectiva) de algumas das pessoas que ali conheci. Isso sim é gratificante.

A sina e a inveja

Hoje a caminho de casa, aproxima-se uma daquelas ciganas que diz ler a sina e coisas que tal. Ela pergunta-me se eu não quero que ela me leia a minha e eu, muito gentilmente, sorrio e abano a cabeça e afasto-me. A senhora lá insiste, como é tão típico delas, e aproxima-se mais para me dizer que eu sou bastante invejada devido à minha vida amorosa. Eu ainda tive para parar e deixar a mulher ler a minha sina, só para me rir um bocadinho, mas era dinheiro mal gasto.

Sou só eu que, depois do post que escrevi à uns dias, vejo a ironia no que a senhora disse?

Uma barata com tendências suicidas e um dia mau.

Hoje o dia não correu pelo melhor. Começou com uma perda do comboio das 7h10 da manhã, nem sequer vou mencionar que tive que me levantar às 6h da manhã (embora tenha acabado de o fazer). Perdi porque as maquinetas da estação em que me encontrava não funcionam como deve ser, mas isto já há uma porrada de tempo, mas ninguém quer saber.

Depois lá tive eu que esperar cerca de 12 minutos pelo próximo comboio, nisto deparo-me com uma barata com tendências suicídas mas que parecia não ter lá muito jeito para a coisa. Ora lá ia ela lançada para a linha, para passado uns minutos voltar a reaparecer, até que me desloquei para um canto longe de todo aquele cenário.

Depois tinha uma apresentação onde o meu grupo, incluindo eu, não estava minimamente preparado. Lá preparamos uns papelinhos, umas horas antes, para nos auxiliar, mas como a menina que vos escreve tem a mania que não quer estar colada ao papel, fez esquemas ao invés de texto corrido e manteve-o longe, q.b. para ver a ordem que tinha que seguir. Resultado? Gaguez! Eu que até me safo nestas coisas! O feedback não foi mau, mas não queria ter estado do lado de lá a ver a minha figura.

Depois, para almoço, seguiu-se a baguete de carne assada e o sumol de laranja que tanto alimenta. De seguida, a aula de estratégia e uma muito produtiva aula de marketing que só me chamou à atenção quando a professora começou lá a passar anúncios.

O ponto alto do dia foi seguramente chegar a casa e lanchar. Mas agora penso no que me terá dado na cabeça para observar o raio da barata como se não fosse dos bichos que se encontram no topo da minha lista negra, queria ver se ela tivesse mudado de direcção e tentado cometer homicídio.