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24 Rés-do-Chão

24 Rés-do-Chão

Novidades e planos

Aqui estou eu, quase um mês depois do último post, mas aqui estou! A ausência não é totalmente devido à preguiça e à falta de inspiração, tem outras razões, às quais vos vou pôr a par, já já.

 

Como alguns devem saber, este ano é o meu último ano da faculdade. Infelizmente, ainda não estou licenciada, chumbei a duas disciplinas no 5º semestre, tendo que as fazer em Setembro, logo só estou oficialmente licenciada em Outubro, mas o mais importante já está feito, passei a tudo no último semestre, tive 17 no estágio e só falta acabar o relatório de estágio!

 

Quanto ao estágio obrigatório, o qual optei por fazer em tempo de aulas, inicialmente deveria ser de 8 semanas, passou para 14.

Foi uma experiência fenomenal, aprendi imenso, diverti-me imenso e conheci pessoas fantásticas, mas não fiquei lá. Gostava muito, mas não foi possível. Agora que analiso melhor as coisas, foi o melhor.

Quando ainda estava no estágio, como já sabia que não iria ser contratada, comecei a mandar currículos, mas a ideia foi fazer um estágio profissional, com a duração obrigatória de 1 ano na área de Alojamento ou F&B (comidas e bebidas).

Mandei muitos emails, mas as respostas foram poucas, tive ao todo 3 entrevistas, até que finalmente consegui! Não só era um estágio profissional, como era exactamente na área que procurava, já para não falar no hotel, que é exactamente o que eu procurava.

 

Dia 19 de Junho comecei, mas trocaram-me um pouco as voltas e até ao final do mês estou na recepção do SPA, sendo que no final do mês, sou colocada no local acordado, além de que se mostraram interessados em ajudar-me a começar uma carreira. Mas está a ser uma experiência tão boa, que não tenho qualquer pressa.

 

Para melhorar, estou a ser paga, ainda que o estágio esteja à espera de aprovação, que tendo em conta a minha situação deve acontecer, diz o hotel até final de Agosto. 

Estou a gostar das pessoas, da experiência e de estar, mais uma vez a trabalhar, finalmente poder ajudar cá em casa e, claro, conseguir um pouco de independência.

 

Quanto ao blog, estou a pensar dar um pequeno salto e começar a tocar nos mais variados assuntos, maquilhagem, roupas, opiniões, livros, tudo aquilo com que tenho contacto e posso dar uma opinião verdadeira. Que acham? Não vai ser um blog de maquilhagem ou de literatura, mas mais um blog diverso, que me acompanha on a daily basis.

 

Estou ansiosa e nervosa com este plano e preciso do vosso apoio porque, afinal de contas, são vocês que o lêem. Por agora chega, que isto já está mega comprido.

Já tinha tantas saudades!

Um, 2, 3, 4 e 5.

Conto uma mão cheia de motivos pelos quais nunca vamos passar de um amor de verão e ainda consigo inventar mais um ou dois, mas depois vens-me beijar o ombro enquanto fumo um cigarro à janela e vejo a cidade que já se tornou minha e eu fico sem saber como ir embora.

Fim há vista.

Deixa-me sem fôlego, não me deixes pensar, porque no entrecruzar de pernas e nas carícias só tenho espaço para o prazer. Beija-me e solta gemidos, deixa-me saber que é assim tão fácil viver. Porque não penso, nem vou pensar. É simples porque não sei quando vai acabar, mas que há um fim há vista.

O amor é ruído. O drama é turvo e acinzentado.

Deixa-me observar o mundo lá fora. Fala e deixa-me absorver-te, se tiveres o que me dizer. Não te quero descrever, não quero ter nada para contar sobre ti, mesmo que possas voltar e ir beber um café. Deixa-me antes memórias para remexer mais tarde, mas que não me tentem prender numa teia. Porque contigo contam os gestos e o olhar que às vezes deitas sobre mim.

Não queria deixar esta folha em branco, mas só quero olhar lá para fora e ver, pois não tenho nada para dizer. Talvez não sejas o amor, mas não és o drama. És o meu segredo de verão, és o coração fugidio que nunca tentei apanhar. Serás aquele que me ensinou quão bom é o toque e mostrou o lado maravilhoso de ver e ouvir. És aquele que nos enrolou na capa, sem nos prender.

O amor é ruído e o drama é turvo e acinzentado, mas nada oiço e o que vejo é nítido e de cores vivas. Talvez não sejas nada, talvez a ponte já lá não esteja para ser atravessada e já não haja margens de rios onde caminharmos os dois.

Verão

Ele pede-me desculpa, mas não tem que o pedir, "só não quero que faças nada de que te arrependas" e desta vez não o impeço de me beijar. Segundo ele tenho a pele macia, faço-o esquecer os problemas e fumar menos. Rir faz bem e rimo-nos muito, "logo és a minha dieta" diz-me ele.

O universo diz-nos que não, que não estaremos sozinhos logo à noite ou que alguém vai entrar em casa quando ele me carrega nos braços, mas amanhã escapulimo-nos antes e seremos só nós os dois.

Leva-me para o quarto e beija-me o corpo, não há tempo morto e não há nada para dizer. O pior é ele ir-se embora enquanto estou a dormir. A cama é grande e eu gosto de companhia, mas ele julga que tenho o sono leve. Vem ter comigo de manhã, quando eu já não preciso de companhia, quando preciso apenas de me ir embora e atravessar a ponte.

Derrota

Quero tanto falar-te, quero tanto tirar-te de mim, porque já não és bom, já não é saudável e está na hora de ir, está na hora de te fazer ver e me confessar. Mas como faço para tirar algo que está debaixo da minha pele? E como foste tu lá parar sem eu ver, sem sentir? Como pude eu deixar?

O pior é que já não consigo formular diálogos coerentes, frases com um fim ou deixar, simplesmente, de pensar em ti. E é por isso, que não consigo prosseguir daqui, é por isso que me fico por meia dúzia de linhas. Porque tenho medo de dizer demais ou de ficar tanto por dizer que não vale a pena atirar migalhas para tentar mostrar-te como é ser eu e gostar de ti, tudo na mesma dimensão, com a mesma intensidade que é viver.

Não vais perceber e eu não tenho força nem coragem para te fazer entender. Afinal nem todas as guerras se ganham, mas também já perdi a conta de quantas vezes perdi para ti. É só mais uma, todos os dias.