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24 Rés-do-Chão

24 Rés-do-Chão

Primeiras impressões

Começo a achar que, afinal, as primeiras impressões não contam para quase nada, e a perceber que temos que dar espaço às outras pessoas para nos mostrarem um outro lado delas, que à primeira é difícil de conhecer e compreender - e transmitir.

Acabei por perceber que faço algo que gostaria que os outros não fizessem comigo, que é, não me julgarem aos 15 minutos de conversa. Peço que me dêem tempo para demonstrar o porquê de certas atitudes, opiniões e manias (não que tenha que justificar algo, mas às vezes somos mal compreendidos). Porque o nosso passado - como a infância, educação e experiências -, acaba por influenciar o nosso presente e futuro, não que justifique certas atitudes, mas isso são outras conversas.

Há pessoas que dado o devido espaço e "empurrão" nos conseguem surpreender pela positiva e até ensinar-nos algumas coisas, é preciso é ter uma mente aberta e dar o benefício da dúvida.

E é bom quando isso acontece e é por isso que julgar é mau, que fechar as portas a alguém que mal conhecemos não é correcto e justo. Por isso é que as primeiras impressões não devem influenciar a 100% as nossas opiniões. As pessoas que achamos que serão as últimas a desiludir-nos, geralmente, são as primeiras e vice-versa. O mundo é traiçoeiro e troca-nos as voltas vezes sem conta, mas por vezes pergunto-me se, na maioria dessas vezes, não seremos nós o nosso verdadeiro inimigo.

Desabafo

Detesto que para tudo o que seja Ensino Superior tenha que ser a partir das médias! Pronto, confesso que a minha média é uma miséria, mas não é porque não seja inteligente, apenas nem tudo me interessa ou cativa da mesma maneira, não posso perceber tudo ou gostar de tudo e, por isso, há sempre aquelas cadeiras que têm que ser feitas à pressão, é sacar um 10 e está feito! E desculpem lá se não sou de estudar três semanas antes, não consigo, mas sei que se o fizesse teria melhores notas e isso irrita-me.

Irrita-me que tenha planos e que a média seja um obstáculo. Irrita-me estar no terceiro e último ano e ver que podia ter feito melhor. Sou sempre o mesmo desastre.

Confissões de uma universitária.

Sou a única pessoa que não acha que a melhor das melhores fases da sua vida é a académica? Não acho piada ao espírito académico de Lisboa, embora tenha adorado ser caloira, odiei ser veterana na faculdade que frequento. Pronto, já disse, crucifiquem-me.

Admito que é uma fase importante, onde temos que começar a moldar as nossas vidas no que toca à vida profissional, é também uma grande ajuda para moldar o carácter e acarretar novas responsabilidades, aí admito que está a ser uma importante fase da minha vida. Mas eu ainda sonho com o mudar de cidade, procurar de casa e dividi-la com indivíduos que primeiro se estranham mas depois se entranham (e talvez não!). E é desse sonho que pretendo correr atrás quanto terminar este curso. Podem chamar-me maluca, mas conhecimento não ocupa lugar e ter vindo sozinha para o "fim do mundo" fez-me perceber que não ter de quem depender e sair das asas e mira da família significa crescimento a vários níveis. Chamem-me louca, mas eu quero sair de Lisboa e rumar a Norte, conhecer novas pessoas e arrepender-me se tiver que ser, mas quero fazê-lo. Quero saber se o problema é de Lisboa, a cidade que sempre será minha, de mim ou das pessoas que não me deixam ser quem sou.

Quero simplesmente viver a experiência que não pude ter, infelizmente, quando primeiro me candidatei à faculdade. E admito que me apaixonei pelo Douro e que é o meu segundo lugar favorito neste mundo.

Drama

Em casa, quando procuro algo e não encontro, sei que mais tarde, quando desistir de procurar e me adaptar, vai finalmente aparecer. Hoje sei que não é só em casa com objectos. Sei que é assim no amor e sei que ainda não desisti de o encontrar. Por isso é que vieste e já foste, porque não é de ti que estou à espera, embora ache que já te encontrei.