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24 Rés-do-Chão

24 Rés-do-Chão

De mim para mim

Nem sempre dá para descrever por palavras aquilo que se sente. Muito menos explicar por palavras aquilo que não se sabe ao certo. Eu só sei que sinto um mau estar no estômago, como se as famosas borboletas se tivessem transformado num pequeno furacão. 

Isto tudo começa com as expectativas, que são sempre altas, mesmo que estejam a milímetros do chão. Eu já devia ter aprendido, mas eu nem à terceira.

Não consigo sair deste turbilhão. Não sei porquê que foi um golpe tão fundo. Se o golpe, no final de contas, fui eu que o causei. Não, desta vez fui dura e disse não, embora tenha fraquejado, por uns pequenos momentos, fui ingénua e não quis ver. Mas desta vez, o silêncio leva a melhor.

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