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24 Rés-do-Chão

24 Rés-do-Chão

Noite de dúvidas

Ultimamente tenho-me perguntado se é este percurso profissional que eu quero para mim, para o resto da minha vida e, quase sempre, a resposta balança para o não. Quero isto, quero um pouco do que isto tem para me oferecer, mas não para o resto da minha vida, ou pelo menos, não exclusivamente. Tudo isto, porque quero mais, mais do que este curso parece ter para oferecer.

Não me apresenta desafios e sem estes não tenho vontade de apostar, investir tempo e suor e horas sem dormir. Não quero, vejo-me a fazer de tudo e quero aprender sobre tudo.

Consequentemente, sinto-me perdida e presa. Porque enquanto estudo isto e me preparo para o mercado lá fora, penso que não pode haver lugar para mais nada, uma simples escolha, quando neste momento as escolhas são tão escassas.

Talvez a culpa seja só minha, que quero sempre mais e que nunca estou satisfeita e que enquanto estudo Marketing ou Estratégia, me vejo a estudar Programação, Contabilidade ou Literatura, o Inglês ou o Francês.

Este é o meu último ano, mas sinto-me tão desorientada como me senti no meu primeiro ano de caloira.

Livros, para que te quero?

Aconselhem-me livros para ler, qualquer um, por favor, um livro que tenham amado ler, detestado ler, que seja difícil de ler ou lamechas que até dói. Estejam à vontade, apenas sugiram um livro, ou dois ou três. Se tiverem Goodreads também podem deixar o link, só porque se não estudo, ao menos que vá ler e fazer algo de jeito. Vá, sejam queridos.

 

Carta a um estudante de comunicação.

Embora não esteja num curso de comunicação, a hotelaria e o turismo estão ligados à comunicação e, mesmo que assim não fosse, penso que está excepcionalmente bem escrita e é nessa perspectiva que venho aqui "fazer publicidade".

Ainda que ao início pensasse que iria desmotivar os seus leitores percebi que pretende fazer o contrário e acaba por ser o "abre-olhos" que se calhar alguns dos estudantes de comunicação precisam de ter. E até a não-estudantes de comunicação, porque até a mim me surpreendeu.

Mas sem mais demoras, aqui fica a bendita carta.

 

Acho que não é perda de tempo lê-la mesmo que se estude economia ou engenharias. Gosto principalmente deste parágrafo e acho que vale para qualquer área: "Não estou a dizer que não é uma área interessante. Mas o ajuste das expectativas à realidade é o primeiro passo para ter sucesso no mundo do trabalho. No entanto e como disse Daniel Webster: “se me tirassem tudo excepto uma coisa, escolheria manter o poder de comunicar, porque com ele cedo recuperaria tudo o resto”."

 

Está realmente brilhante. Já agora confesso que na minha breve passagem por letras eu queria seguir esta área, mas enveredei por caminhos um pouco diferentes. É a vida.

Bipolaridade.

Sou de extremos, no sentido mais puro da palavra. Tanto estou a dançar descalça pela sala como me afundo na cadeira ao som da melancolia. O mesmo se passa com a minha cabeça e é por isso que talvez a minha mãe tenha razão acerca da tua atitude, agora que estou longe da vista, talvez esteja longe do coração. Eu sou mais de querer o que não posso ter, portanto.