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24 Rés-do-Chão

24 Rés-do-Chão

Pride and Prejudice

Mr. Darcy: You must know... surely, you must know it was all for you. You are too generous to trifle with me. I believe you spoke with my aunt last night, and it has taught me to hope as I'd scarcely allowed myself before. If your feelings are still what they were last April, tell me so at once. My affections and wishes have not changed, but one word from you will silence me forever. If, however, your feelings have changed, I will have to tell you: you have bewitched me, body and soul, and I love, I love, I love you. I never wish to be parted from you from this day on.
Apaixonei-me pelo filme, apaixonei-me pelo Mr Darcy e tenho inveja da Elizabeth, que é uma sortuda de merda. Ah! Adorei o Mr Bennet, por amor de Deus, aquele homem é genial! E chorei, pronto, admito que sou uma chorona de primeira e já era de esperar. Agora, vamos ao livro.

Derrota

Quero tanto falar-te, quero tanto tirar-te de mim, porque já não és bom, já não é saudável e está na hora de ir, está na hora de te fazer ver e me confessar. Mas como faço para tirar algo que está debaixo da minha pele? E como foste tu lá parar sem eu ver, sem sentir? Como pude eu deixar?

O pior é que já não consigo formular diálogos coerentes, frases com um fim ou deixar, simplesmente, de pensar em ti. E é por isso, que não consigo prosseguir daqui, é por isso que me fico por meia dúzia de linhas. Porque tenho medo de dizer demais ou de ficar tanto por dizer que não vale a pena atirar migalhas para tentar mostrar-te como é ser eu e gostar de ti, tudo na mesma dimensão, com a mesma intensidade que é viver.

Não vais perceber e eu não tenho força nem coragem para te fazer entender. Afinal nem todas as guerras se ganham, mas também já perdi a conta de quantas vezes perdi para ti. É só mais uma, todos os dias.

I've made mistakes, I'm just a woman

Eu sou apenas uma mulher. Mas enquanto te deitavas ao lado dela e dizias gostar de mim, eu era apenas uma ponta solta na tua história. Era apenas uma marioneta nas tuas mãos.

Mas um dia conto-te tudo ao pormenor. Não hoje, porque sinto que a nossa história ainda não terminou.

No, no, no, no...

Apresentação individual amanhã? De inglês? Eu? Vou ficar branca que nem cal e comer palavras, já sei. Detesto apresentações, principalmente individuais onde não me posso meter a um canto, despejar o que tenho a dizer em 2 minutos e pronto, assunto arrumado. Quem inventou este tipo de avaliações, espero que esteja a arder no inferno.

O meu mais pequeno de quatro patas

E hoje perdi um pequeno ser de quem me afeiçoei. Hoje, tive de pôr fim à vida de um dos meus gatos, sim é um gato, mas que se lixe a ética, eu prefiro animais a pessoas.

Não, ele não me roía a carpete ou não combinava com o sofá. Ele simplesmente, e segundo o prognóstico do veterinário, poderia ter um tumor no cérebro ou uma infecção na coluna que o deixaria com sequelas, sem um futuro promissor de saúde.

E é nestes momentos que temos que escolher o que fazer e para mim seria cruel dar continuidade a uma vida sem autonomia e sem bem-estar; só eu vi como ele estava, sem brilho no olhar, sem forças para se levantar. Fi-lo por amor e ainda que me achasse mentalizada, não pude deixar de o procurar quando cheguei a casa com esperança de boas notícias. Não pude deixar de chorar, porque me apaixonei pela criaturinha de quatro patas que já me faz falta. Merda para isto, porque a vida dele não devia ter estado nas minhas mãos.

Do mesmo sangue.

Tio, as palavras abandonam-me quando é para falar de ti, não interpretes isto como um mau sinal, antes pelo contrário. Apenas não há falhas para apontar, não há defeitos a salientar e acho que a natureza dos seres humanos é apontar o que é mau, porque o que é bom é raro ou talvez não saibamos dar-lhe o merecido valor mesmo quando está diante dos nossos narizes. Eu aposto nos dois e é no último que eu falho, sei que não te digo o quanto gosto de ti, mas encaremos e admitamos que não sou boa com as palavras fora desta minha casa-segredo. Foi nos teus braços que melhor me senti, a chorar, quando o meu pai esteve no hospital, no seu pior. Isto porque tiveste sempre presente no meu pior. Agradeço por isso, com o coração grande.

Obrigada por te preocupares, por ouvires os meus planos e nunca dizeres uma palavra desencorajadora. Obrigada por reclamares não teres conhecimento do meu estágio para este ano, mas foste das primeiras pessoas a quem quis contar, tinha apenas receio, porque afinal sei que ainda me vês como uma menina, uma pequena criança a quem tu, muitas vezes, mudaste a fralda e obrigada, também, por saberes ver que de criança já tenho pouco em momentos que o exigem.

Obrigado por embirrares comigo, porque é dessa forma que eu sei que gostas de mim. Eu herdei isso de ti, sabes? Tratar mal mas com carinho é gostar, em nós. Pode não ser ético, mas é assim que funcionamos.

Desculpa por, em qualquer altura, poder ter-te desiludido ou faltado, mas eu só tenho 20 anos e tu mais 16, e estou a tentar ser metade daquilo que és, ter metade da loucura saudável, ter metade dos valores. Mas se há algo que eu quero mais que tudo é que apareça alguém que te leve, não para longe de mim, mas para perto da pessoa que não consegues ser aqui, quando perto dos seus olhos vigilantes; Alguém que te estime e retire a tristeza que baloiça nos teus olhos castanhos que o sorriso não disfarça, por mais profundo que esteja nos teus lábios. E gostava de conseguir ser eu a retirar-te dessa melancolia, mas não posso, porque acho que já faço parte desse teu sorriso.  E quando falo de ti, mesmo que com um português reduzido, sei que se ouve amor na minha voz, amor de uma sobrinha que mais do que gostar, tem orgulho de poder partilhar o mesmo sangue com alguém tão maravilhoso quanto tu. Porque és tão grande que são poucas as pessoas que te conseguem ter no coração, e que sejam poucas, mas que te amem com tudo o que poderem, tal como eu.

Hoje escrevo de e para ti, porque lembro-me de ouvir a música Paixão do Rui Veloso no teu carro e cantar baixinho, porque tu a sabias e eu não. Hoje ouvi-a e sei-a quase tão bem quanto tu.

Train adventures

Ai, a frustração, quando no comboio de volta a casa, um rapaz totalmente o teu tipo olha para ti sem quaisquer vergonhas mas, ao invés de te sentires lisonjeada, perguntas-te se não terás algo na cara, o cabelo despenteado (como já é costume) ou se ele partilha da mesma opinião que tu, de que esse penteado "à rapaz" há muito que não te favorece de tão estranho que está e não realça em nada a tua feminilidade, mas que devido às roupas sabesse, claramente, que és uma mulher. Pelo menos espero. É que era o cumulo. Ai, a frustração!

O meu futuro

Às vezes penso no que quero para o meu futuro, se é que terei alguma palavra a dizer sobre isso daqui a uns aninhos. Felizmente, o meu curso ainda é daqueles que dá algum emprego, melhor ainda, dá alguma possibilidade de ir trabalhar para fora - sim, somos explorados, mas são ossos do ofício.

E que vontade tenho eu de ir lá para fora! Mas eu sou uma pessoa assim-p'ró-indecisa e tanto hoje quero ir para Londres, Dubai ou para Marte, como amanhã quero é ir para os cruzeiros ganhar genica e ganhar umas olheiras mais escuras.

Não sei bem o que quero, porque já houve momentos que não quis isto de todo e a escrita pareceu mais forte, houve alturas em que pensei, porque não continuar a estudar? Eu sou uma pessoa sedenta por aprender ou, se calhar, o meu Tico entrou em coma e o Teco não deu por nada. Para já não sei nada disso, para já sei, apenas, que está a ser dado seguimento ao meu estágio para os lados de Lamego e que estou mais entusiasmada que um bebé à espera de um chupa-chupa!

Acho que não quero, para já, alongar muito as expectativas, porque se há algo em que eu acredito é que tudo acontece por alguma razão, e não está nos meus planos acordar amanhã com um guia para o que deverá ser a minha vida. Por agora, basta saber que sou daquelas pessoas sortudas que está na área que gosta e que as coisas têm corrido bem. E assim, já não me assusta não saber.

Scent of a Woman

Lt. Col. Frank Slade: Oh, where do I go from here, Charlie? 

Charlie Simms: If you're tangled up, just tango on.
Lt. Col. Frank Slade: You askin' me to dance, Charlie?

 

Está mais que recomendado. É uma história brilhante.

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